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Formação de recursos humanos e produção científica em Educação em Ciências

Ediane Maria Gheno, Scheila Raquel Rempel, Luiz Felipe Sfoggia da Mata, Jessié Martins Gutierres, Regina Maria Guaragna, Rochele Loguercio, Luciana Calabró, Diogo Onofre Souza

Resumo

Este artigo investigou se o número de orientados (mestres e doutores) por docente impacta na média de documentos em periódicos por orientado e avaliou quais as contribuições para a produção de conhecimento científico para área de Educação em Ciências no contexto do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde-PPGQVS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Rio Grande e Universidade Federal do Pampa), de 2013 a 2019. O referencial teórico discute o Sistema de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), área de Ensino, e a Educação em Ciências no Brasil. É uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, de natureza aplicada, que utiliza indicadores bibliométricos e cientométricos e Análise de Conteúdo (Bardin). Os dados foram coletados na Plataforma Sucupira e no site dos periódicos. Os resultados evidenciaram que o número de orientados por docente não impacta na média de documentos por orientado. As temáticas mais pesquisadas foram “Ensino de Ciências” (26,0%), “Formação de Professores” (24,3%) e “Políticas Educacionais” (15,7%). A partir da formação de mestres e doutores, aliada à produção de conhecimento científico, se pode constatar a contribuição do PPGQVS para a área de Educação em Ciência no país.


Palavras-chave

genealogia acadêmica; perfil de docentes; temas prioritários em educação em ciências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazrecm.v17i38.9654

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