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Walden Três: Uma sociedade sem o uso de controle aversivo?

Tatiana Evandro Monteiro Martins, Nayany Carmem Pinheiro Monteiro, Marcus Bentes de Carvalho Neto

Resumo

B. F. Skinner (1904-1990) publica em 1948 a obra Walden Two, na qual descreve uma comunidade fictícia desenvolvida a partir de princípios analítico-comportamentais supostamente sem o uso de controle aversivo. Martins et al. (2017) analisaram a referida obra e identificaram pelo menos três momentos em que há o uso de controle aversivo. Em 1979, Rubén Ardila, ao publicar Walden Tres deu continuidade e ampliou o uso dos princípios comportamentais de uma pequena comunidade para um país inteiro, em um contexto sociocultural latino-americano. O presente trabalho teve como objetivo realizar uma análise sistemática da obra Walden Tres (Ardila, 1979), a partir da sua leitura na íntegra em idioma original, investigou-se se a sociedade proposta por Ardila foi planejada com ou sem o uso de contingências aversivas. Em três momentos foi possível identificar contingências de controle aversivo em vigor: (1) na educação: desde o ambiente familiar até a inserção na sociedade; (2) sistema escolar; e (3) controle da ordem social. Discutem-se os contextos nos quais foi detectada a aplicação e/ou prescrição de controle aversivo em Walden Tres, traçando-se ao mesmo tempo paralelos com uso de controle aversivo em Walden Two e sua utilização na sociedade atual.

Palavras-chave: Walden Três, controle aversivo, Ardila, planejamento cultural, Análise do Comportamento.

 


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v17i2.11006

Revista Brasileira de Análise do Comportamento/ Brazilian Journal of Behavior Analysis
ISSN 1807-8338 Versão Impressa / 2526-6551 Versão Eletrônica