A incomunicabilidade dos afetos como solidão absoluta em Lévinas e David Foster Wallace
Resumo
O filósofo Emmanuel Lévinas propõe, na obra Totalidade e Infinito, que a distância existente entre os seres, que se origina na fruição e seus afetos, é infinita, impedindo que qualquer filósofo possa criar um sistema capaz de abarcar o “Eu” e um “Outro” dentro de uma mesma totalidade, pois alcançar o Outro seria impossível. Contudo, a linguagem, paradoxalmente, seria capaz de atravessar essa distância infinita. O objetivo desse trabalho é mostrar como a literatura de David Foster Wallace reflete de maneira interessante essas concepções, ao tentar utilizar a linguagem como ferramenta para comunicar afetos, e mostrar a solidão absoluta que surge quando isso se mostra impossível.
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i68.16937