MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

Montagem e Alegoria: O experimentalismo formal e a resistência em O Minossauro (1975), de Benedicto Monteiro

Fábio dos Santos Pontes Filho, Maria Geneilze Chaves, Valdeci Batista de Melo Oliveira

Resumo

O presente artigo objetiva analisar o experimentalismo formal consolidado pela montagem e a alegoria, no romance O Minossauro (1975), de Benedicto Monteiro, especificamente pontuar sua construção estética de pertencimento e afeto à região amazônica, além de descrever a história ditatorial brasileira durante os “anos de chumbo”. Na perspectiva de alcançar o objetivo proposto, no uso da análise bibliográfica, amparamos este artigo nos estudos realizados por Bakhtin (1988), Bosi (2002), Nascimento (2004), Sarmento-Pantoja (2014), Souza (2021). Assim, neste dossiê comemorativo ao centenário de nascimento de Monteiro refletimos a importância da sua narrativa até os dias atuais, em que no uso do gênero romance constrói uma abordagem híbrida, que pela fragmentação e montagem corrobora para discussões políticas, e figura as ações violentas militares. Essa narração nos leva a refletir sobre a construção do torturador, do corpo torturado e objetificado, com ponderações ao falhanço da lei da Anistia em punir os torturadores.  


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i69.19803