Cabeçalho da página

A MÚSICA “SAGA DA AMAZÔNIA” E O ENSINO DE GEOGRAFIA: ALGUMAS PROPOSIÇÕES

Anderson Ribeiro da Silva, Lindomar Lopes da Silva, Dérick Lima Gomes, Ester Brito Parente

Resumo

O objetivo do artigo é refletir como a música “Saga da Amazônia”, de autoria de Vital Farias, pode contribuir para a compreensão de estudantes do ensino básico sobre o processo de formação sócio-espacial da Amazônia, tendo como recorte temporal os eventos ocorridos a partir da segunda metade do século XX. Trata-se de um trabalho apoiado em revisão de literatura sobre estudos que utilizam a música como recurso didático e de textos relativos ao processo de ocupação da região. Busca-se demonstrar como a canção, seja por meio de trechos da letra ou das melodias e dos sons que a compõem, é capaz de provocar a vivência de uma experiência plena pelos alunos, o que revela o seu caráter lúdico para o ensino de Geografia. Consideramos que as sugestões presentes neste artigo podem ser ampliadas e cabe ao professor a adequação ao contexto dos anos ou disciplinas com as quais deseje utilizar a música.


Texto completo:

PDF

Referências


AB’SÁBER, A. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

ACSERALD, H.; MELLO, C. C. do; BEZERRA, G. N. O que é justiça ambiental. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

BARBOSA, J. L. Geografia e cinema: em busca de aproximações e do inesperado. In:

CARLOS, A. F. (org.). A Geografia na sala de aula. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2021. p.

-133.

BECKER, B. K. Amazônia. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991.

______. Amazônia: geopolítica na virada do III Milênio. Rio de janeiro: Garamond, 2004.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018.

BROSSEAU, M. Geografia e literatura. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDHAL, Z. (org.).

Literatura, música e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2007. p. 17-77.

CARNEY, G. O. Música e lugar. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDHAL, Z. (org.). Literatura,

música e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2007. p. 123-150.

CASTRO, E. Território, biodiversidade e saberes de populações tradicionais. Papers do

NAEA, Belém, n. 92, 1998.

CAVALCANTI, L. S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. Cad. Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, p. 185-207, 2005.

______. A Geografia e a realidade escolar contemporânea: avanços, caminhos, alternativas. In: SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO: PERSPECTIVAS ATUAIS, 1., 2010, Belo Horizonte, Anais [...]. Belo Horizonte: MEC, 2010. p. 1-16.

______. Ensinar Geografia para a autonomia do pensamento: o desafio de superar dualismos pelo pensamento teórico crítico. Revista da ANPEGE, Grande Dourados, v. 7, n. 1, p. 193-203, 2011.

CRUZ, D. A. M. O. Entre limites e possibilidades da Geografia escolar. Revista Ensino de Geografia, Recife, v. 3, n. 2, p. 19-33, 2020.

FARIAS, E. S. A Canção na Amazônia e a Amazônia na Canção. 2017. 314 f. Tese (Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2017.

FARIAS, V.; AZEVEDO, G.; XANGAI; ELOMAR. Saga da Amazônia. Álbum Cantoria 1. 1984. Disponível em: Acesso em: 01 dez. 2020.

FUINI, L. L.; SANTOS, J. L.; DAMIÃO. C. A.; OLIVEIRA, P. A Música como instrumento para o ensino de Geografia e seus conceitos fundamentais: pensando em propostas para o trabalho em sala de aula. Para Onde!?, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 206-216, 2012.

HAESBAERT, R. C. Território, poesia e identidade. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 3,

p. 20-32, 1997.

IANNI, O. Colonização e contra reforma agrária na Amazônia. Petrópolis: Editora Vozes, 1979.

KAERCHER, A. N. A Geografia escolar: gigante de pés de barro comendo pastel de vento

num fast food? Terra Livre, Presidente Prudente, Ano 23, v. 1, n. 28, p. 27-44, 2007.

______. A Geografia escolar não serve para quase nada, mas... Revista Geográfica de América Central, Número Especial EGAL, Costa Rica, II Semestre, p. 1-13. 2011.

KIMURA, S. Geografia no ensino básico: questões e propostas. São Paulo: Contexto, 2008.

LACOSTE, Y. A Geografia – isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra. Tradução

de Maria Cecília França. 19. ed. Campinas: Papirus, 2012 [1976].

LEAL, L. A. B.; D’ÁVILA, C. M. A Ludicidade como princípio formativo. Interfaces Científicas – Educação, Aracajú, v. 1, n. 2, p. 41-52. 2013.

LOUREIRO, V. R.; PINTO, J. N. A. A questão fundiária na Amazônia. Estudos Avançados, São Paulo, n. 19, v. 54, p. 77-98, 2005.

______. Amazônia: da dependência a uma nova situação colonial. In: CASTRO, E. (org.). Pensamento crítico latino-americano. São Paulo: Annablume, 2019. p. 197-224.

LUCKESI, C. C. Ludicidade e experiências lúdicas: uma abordagem a partir da experiência

interna. In: PORTO, B. de S. (org.). Educação e Ludicidade – Ensaios 02.

Salvador: GEPEL/FACED/UFBA, 2002. p. 22-60.

MARTINS, J. S. Fronteira: a degradação do Outro nos confins do humano. São Paulo: Contexto, 2009.

MELLO, M. N. C. Mitos, lendas e “causos” como instrumentos da descolonização no ensino de Geografia na Amazônia paraense. Revista Brasileira de Educação em Geografia, Campinas, v. 9, n. 18, p. 228-244, 2019.

MINAYO, M. C. de. O desafio da pesquisa social. In: MINAYO, M. C. de S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2016. p. 9-28.

MODESTO, M. C.; RUBIO, J. A. S. A importância da ludicidade na construção do conhecimento. Revista Eletrônica Saberes da Educação, Brasília, v. 5, n. 1, p. 1-16, 2014.

MOLINA, M. A. G.; ARAUZ, V. A. R. Letra da canção: “Saga da Amazônia”: um olhar interdisciplinar. In: SOUSA, I. V. (org.). Letras, Linguística e Artes: Perspectivas Críticas e Teóricas. Ponta Grossa: Atena Editora, 2019. p. 369-381.

MOREIRA, R. P.; HERRERA, J. A. Ordenamento do território e a materialização do desenvolvimento geográfico desigual: a construção da Usina Hidroelétrica Belo Monte entre (1975-2011) no estado do Pará. Boletim Amazônico de Geografia, Belém, v. 3, n. 5, p. 71- 93, 2016.

PALHETA DA SILVA, J. M.; MEDEIROS, G. R. N; CHAGAS, C. A. N. Geografia e mineração no Pará. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, Belém, v. 1, n. 1, p. 01-12, 2014.

PANITZ, L. M. Geografia e música: uma introdução ao tema. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, Universidad de Barcelona, v. 17, n. 978, n.p., 2012.

PEREIRA DA SILVA, E.; MAGALHÃES, S. B.; FARIAS, A. L. A. Monocultivos de dendezeiros, capital transnacional e concentração de terras na Amazônia paraense. Campo-Território, Uberlândia, Edição especial, v. 11, n. 23, p. 165-195, 2016.

PORTO-GONÇALVES, C. W. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2012.

RIO 2. Direção: Carlos Saldanha. Produção: Bruce Anderson e John C. Donkin. Los Angeles: 20th Century Fox, 2014.

ROCHA, G. O. R. Uma breve história da formação do(a) professor(a) de Geografia no Brasil. Terra Livre, São Paulo, n. 15, p. 129-144, 2000.

RODRIGUES, M. D. R.; PALHETA DA SILVA, J. M. Uso do território e impactos socioeconômicos da atividade mínero-metalúrgica na cidade de Parauapebas no estado do Pará. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOGRAFOS, 7., 2014, Vitória, Anais [...]. Vitória: AGB, 2014. 12 p.

SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da Geografia. São Paulo: Hucitec, 1988.

SELBACH, S. (coord.). Geografia e didática. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.

SILVA, L. C.; BERTAZZO, C. J. O lúdico, a Geografia e a mediação midiática. Revista Eletrônica Geoaraguaia, Barra do Garças, v. 3, n. 2, p. 343-358, 2013.

SILVA, C. F.; SILVA, J. M. O.; MACEDO, C. O. Quilombolas e agronegócio do dendê em disputa pelo território no Alto Acará-PA. In: MACEDO, C. O.; BRINGEL, F. O.; SANTANA, R. M.; SOUSA, R. B. (org.) Os “nós” da questão agrária na Amazônia. Belém: Editora Açaí, 2016. p. 177-198.

SMITH, R. Amazônia. ... a ira dos poderosos. Gurupi: Editora Veloso, 2016.

SOUZA, M. L. de. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 2013.

SOUZA, M. L. de. Ambientes e territórios: uma introdução à Ecologia Política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2019.

TAVARES, M. G. C. A Amazônia brasileira: formação histórico-territorial e perspectivas para o século XXI. GEOUSP Espaço e Tempo, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 107-121, 2011.

TRINDADE JÚNIOR, S. C. C. Cidades na Floresta: os “grandes objetos” com expressão do meio técnico-científico informacional no espaço amazônico. Revista IEB, São Paulo, n. 50, p. 13-138, 2010.

VLACH, V. R. F. Fragmentos para a discussão: método e conteúdo no ensino da Geografia de 1º e 2º graus. Revista Terra Livre, n. 8, p. 43-58, 1987.

VYGOTSKI, L. S. A Formação Social da Mente. Tradução: José Cipolla Neto, Luis Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 4 ed. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora, 1991.




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/geo.v11i22.14524

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


GeoAmazônia. Todos os Direitos Reservados.
Print ISSN: 1980-7759 (impresso)
eISSN: 2358-1778
DOI da Revista GeoAmazônia: 10.17551/2358-1778/geoamazonia

Indexadores: DOAJ - Latindex - Periódicos da CAPES - Crossref -  BASE - DRJI -Open Science Directory/EBSCO - Google Acadêmico - Wordcat - Index Corpenicus - Suncat - SUDOC - COPAC - Scilit - ERIH PLUS - REDIB (antigo E-Revista) - EZB - Sumários - LivreEuropub - ZDB - GIGA - CIRC - Openaire - OAJI - Jifactor - Diadorim - MIAR - Citefactor - Journal Factor - Infobase - Biblioteke Virtual - Sindexs - Researchbib - PBN - SHERPA/ROMEO - ZB MED - La Referencia - REBIUN - World WideSciente. Org