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APARÊNCIA ECOLÓGICA E CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES LENHOSAS PELOS MAKUXIS NAS SAVANAS DE RORAIMA, AMAZÔNIA BRASILEIRA

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira, Veridiana Vizoni Scudeller, Reinaldo Imbrozio Barbosa, Luis Felipe Almeida, Maria Fernanda Durigan

Resumo

A hipótese da aparência ecológica em estudos etnobotânicos está baseada na relação oferta/procura entre populações humanas e os recursos de seu meio, com a premissa de que as plantas com maior disponibilidade no ambiente (aparentes) seriam as mais reconhecidas por sua utilidade dentro de uma determinada cultura. O presente estudo avaliou esta hipótese em relação às espécies lenhosas nativas registradas nos ambientes florestal (Buritizal, Mata Ciliar e Ilha de Mata) e não florestal (Lavrado) na Comunidade Indígena Darora, etnia Makuxi, na Terra Indígena São Marcos, Roraima. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 60 participantes (36 homens e 24 mulheres), de 38 famílias, entre 18 e 84 anos de idade. Também foi realizado um levantamento fitossociológico para verificar a disponibilidade de recursos lenhosos em oito parcelas (0,25 ha cada), instaladas a diferentes distâncias do centro da comunidade. As espécies com os maiores valores de uso (VU) da comunidade em geral foram Mauritia flexuosa, Copaifera pubiflora, Byrsonima crassifolia e B. coccolobifolia. A hipótese da aparência ecológica foi corroborada nos ambientes Lavrado e Buritizal. Houve correlação positiva entre os parâmetros fitossociológicos e o valor de uso nas categorias Alimentação e Combustível no ambiente Lavrado, nas categorias Alimentação, Artesanato e Construção no ambiente Buritizal, e nas categorias Medicinal e Tecnologia no ambiente Ilha de Mata.


Palavras-chave

Valor de Uso; Buritizal; Mata Ciliar; Ilha de Mata; Lavrado


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ethnoscientia.v0i0.10245

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ISSN 2448-1998