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AS CULTURAS DO MILHO? ARQUEOBOTÂNICA DAS SOCIEDADES HIDRÁULICAS DAS TERRAS BAIXAS SUL-AMERICANAS

José Iriarte, Ruth Dickau

Resumo

No presente artigo, se apresenta uma síntese dos estudos arqueobotâni­cos realizados em sítios agrícolas de zonas úmidas pré-Colombianos das terás baixas sul-americanas. Se resume a evidência obtida através do estudo de macro- e microvestígios botânicos recuperados tanto de feições agrícolas como de sítios arqueológicos de habitação e sedi­mentos lacustres associados aos mesmos. A análise dos dados mostra que uma grande diversidade de plantas foram cultivadas nos campos elevados e drenados e consumidos nos sítios habitacionais associados incluindo: a) o milho, b) os tubérculos e as raízes como a mandioca, a batata doce, o inhame, possivelmente o taro e Canáceas y Marantáceas, c) vegetais como o amendoim e a abóbora, d) frutos como palmas, y provavelmente a jaboticaba, o maracujá e a goiaba, e) cultivos industriais como o algodão y possivelmente tinturas como o anil e o urucum, assim como se tem sugerido f) verbas medicinais, estimulantes e alucinógenas como a erva mate, a coca e o paricá. Os resultados mostram que o milho foi provavelmente a planta doméstica mais importante. Se argumenta que a agricultura intensiva de milho em campos elevados ou drenados junto a outras atividades de subsistência complementares foi capaz de sustentar populações numerosas nas terras baixas sul-americanas que transformaram a paisagem em grande escala durante o Holoceno tardio.

Palavras-chave: Zea mays, agricultura pré-Colombiana, terras baixas da América do Sul




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v4i1.879



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