CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DECOLONIAIS DO MUSEU SURUPIRA: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA A PARTIR DAS PRÁTICAS DA 18ª PRIMAVERA DE MUSEUS EM BUJARU (PA)

Abstract

Este artigo analisa a participação do Museu Virtual Surrupira de Encantarias Amazônicas na 18ª Primavera de Museus, realizada em Bujaru (PA), à luz da filosofia Ubuntu, da educação libertadora de Paulo Freire e da sociomuseologia. O objetivo é refletir sobre práticas educativas e museológicas decoloniais desenvolvidas por meio da roda de conversa sobre tambores ancestrais e do Círculo de Memória, promovidos no evento. Utilizou-se como método a análise crítica fundamentada nos referenciais de Enrique Dussel e Catherine Walsh, a partir da observação participante e do registro das ações. Os resultados indicam que as atividades proporcionaram espaços de escuta, valorização dos saberes ancestrais e construção coletiva de memória, fortalecendo a identidade local e o desejo por um museu comunitário. Conclui-se que ações como essa contribuem para uma epistemologia decolonial da educação museal, desafiando paradigmas eurocêntricos e promovendo justiça epistemológica e social.