Avaliação da alteração de função de faces via equivalência de estímulos em crianças com TEA
Resumo
O contato visual contribui para o indivíduo aprender a responder a dicas sociais e é um antecedente importante para o estabelecimento de comportamentos mais complexos. O déficit de contato visual pode estar precocemente presente em muitas crianças com TEA. O desenvolvimento do contato visual tem sido relatado com maior ou menor sucesso através de uma variedade de procedimentos usados para estabelecer classes de equivalência incluindo figuras de faces e de estímulos de preferência da criança. O presente estudo consistiu em uma replicação sistemática para avaliar o efeito de protocolos de treino e teste para estabelecer classes de equivalência sobre a escolha de figuras de faces e observação a faces humanas em testes sociais. Participaram deste estudo três crianças com TEA. O estudo foi divido em avaliações (inicial e final) da escolha de figuras de faces e da resposta de observação a faces; e intervenção, matching-to-sample por identidade (AA e BB), com figuras de faces e de alimentos preferidos; seguido por testes/treinos das relações AB e BA. Os resultados demostram que a exposição ao treino de relações de identidade e testes/treinos das relações arbitrárias alterou o padrão de respostas a faces ou figuras de faces. Dois participantes mostraram aumento nas escolhas de figuras de faces e um mostrou alterações na observação a faces em testes sociais. A partir dos dados, é possível inferir que a alteração de função das faces pode ser obtida após o protocolo de treino e testes mesmo quando a formação de classes de equivalência não é observada.
Palavras-chave: contato visual, transferência de função, formação de classes de equivalência, Transtorno do Espectro Autista.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v21i2.19774
