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Equilíbrio entre bens como valor fundamental em B. F. Skinner

Cassiana Sterza Versoza-Carvalhal, Camila Muchon de Melo, Kester Carrara

Resumo

Ao longo de sua obra, B. F. Skinner apresentou a possibilidade de uma abordagem comportamentalista radical para fenômenos sociais e culturais. Ao considerar os compromissos éticos da teoria, dentre os diversos pontos em debate, está a identificação dos valores que poderiam orientar uma ética skinneriana. É comum, mas não consensual, identificar a noção de sobrevivência das culturas como o valor fundamental que sustenta os compromissos éticos do Comportamentalismo Radical. Considerando as críticas dirigidas a essa noção na literatura, o objetivo deste ensaio foi defender o equilíbrio entre bens individuais e culturais como primordial naquilo que têm sido considerados os compromissos éticos do Comportamentalismo Radical de Skinner. Para construir essa defesa, o texto apresenta: 1) considerações sobre um sistema ético em Skinner; 2) argumentos em prol do equilíbrio entre bens como o valor principal na obra do autor; e 3) uma proposta de definição para o equilíbrio entre esses bens e direções sobre como ele poderia ser produzido. Nosso argumento é que uma interpretação mais coerente na eleição de um conjunto de bens poderia envolver a "dissolução" da dicotomia entre o bem individual e o bem das culturas, e que o valor principal poderia ser considerado o próprio equilíbrio entre esses bens.  Conclui-se que o equilíbrio entre bens, e não a sobrevivência das culturas, parece ser mais coerente como um valor fundamental daquilo que se tem denominado como o sistema ético skinneriano.

Palavras-chave: Análise do Comportamento, sistema ético skinneriano, equilíbrio entre bens, valores, ética.



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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v21i2.19767

Revista Brasileira de Análise do Comportamento/ Brazilian Journal of Behavior Analysis
ISSN 1807-8338 Versão Impressa / 2526-6551 Versão Eletrônica