Efeitos da privação hídrica sobre a variabilidade comportamental em procedimento de operante livre
Resumo
Estudos sugerem que privação alimentar diminui a variabilidade comportamental induzida e reforçada. Avaliou-se os efeitos de três níveis de privação hídrica (0h, 24h e 48h) na variabilidade entre cinco operantes reforçados em Lag N com aumento da exigência de lag 0 a lag 4, em procedimento de operante livre. Foram sujeitos quatro ratos. Em lag 0 (sem exigência de variabilidade para reforçamento) e lag 4 (com esta exigência), os níveis de privação foram manipulados semi-aleatoriamente. De lag 0 para lag 4 houve aumento no índice U, número de operantes diferentes emitidos e aproximação nas frequências relativas e acumuladas de cada operante. Também houve aumento na taxa de respostas e diminuição na proporção de respostas reforçadas. Com relação aos níveis de privação, quanto menor a privação maior foi a variabilidade e vice-versa, exceto para o número de operantes diferentes, pois houve efeito de teto. A diferença entre 24h e 48h de privação não foi tão clara quanto entre 0h e 24h.Adicionalmente, diferenças entre privações foram mais evidentes sob lag 0. Também ocorreram aumentos na taxa de respostas conforme aumentou a privação, sem afetar a proporção de reforçamento. Concluiu-se que o aumento da privação hídrica aumentou a proporção de operantes específicos reforçados com água, mas não o variar entre eles, mesmo quando a contingência exigia tal variação. Discutiu-se a intepretação da variabilidade como um operante à luz desses dados.
Palavras-chave: privação, variabilidade comportamental, Lag N, operante, análise do comportamento
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v21i1.18891