MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

A cultura de massa apropriada pelo romance peruano ou a narrativa melodramática de Mario Vargas Llosa

Felipe da Silva Mendonça

Resumo

Este artigo tem como objetivo investigar de que forma Tia Julia e o escrevinhador (1977) adota a indústria cultural como um tema narrativo, bem como de que maneira o melodrama é apropriado pelo quinto romance de Mario Vargas Llosa. Para tanto, utilizamos como base teórica as considerações de autores que refletem sobre a cultura de massa e o funcionamento da indústria cultural, a saber: Benjamin (1987), Borelli (1996), Eco (1979), Horkheimer e Adorno (2002), Huyssen (1997), Link (2002) e Morin (1997), assim como estudiosos da produção de Vargas Llosa e do romance latino-americano: Chiampi (1996), Ovideo (1982), Santos (2001) e Solotorevsky (1988). Ao final, verificamos que Tia Julia e o escrevinhador tematiza a indústria da cultura estabelecendo dicotomias como literatura-paraliteratura, arte-indústria, alta cultura-cultura de massa, mas, ao mesmo tempo, na medida em que se apropria do melodrama, revela a porosidade que há na fronteira das dicotomias, estimulando, portanto, um posicionamento dialético.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i68.16657