Memória e artefato tecnológico, cultivos em um mundo transitório em Tóquio (2021), de Daniel Galera
Resumo
RESUMO: Atualmente, enfrentamos uma variedade de crises: ecológica, política, econômica, entre outas. Dessa forma, surgem desses processos preocupações com futuro que estão presentes na ficção contemporânea e acabam potencializando reflexões sobre seus possíveis desdobramentos e impactos na sociedade. Em Tóquio, segunda novela do livro Deus das avencas (2021) de Daniel Galera, a memória é problematizada diante de um mundo que se encaminha para um possível fim. As memórias dos falecidos, no contexto futuristas da narrativa, são depositadas em máquinas denominadas de “artefatos”, sendo conservadas para o convívio familiar. Nesse sentido, busca-se investigar as relações entre os personagens e seus dispositivos tecnológicos que foram inevitavelmente afetadas por esses novos objetos portadores de memória em um mundo apocalíptico. A pesquisa ampara-se no pensamento de Halbwachs (2003), Izquierdo (2009), Gutierrez (2002), dentre outros.