MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras ISSN: 0104-0944

FALA TU “COMO O ÚLTIMO A FALAR” : MAURICE BLANCHOT SOBRE A TEORIZAÇÃO DO FIM

Éclair Antonio Almeida FILHO, Amanda Mendes CASAL

Resumo

Nosso trabalho reúne algumas reflexões de Maurice Branchot, motivadas, inicialmente, por uma insistente discussão filosófica sobre o fim, fim da história ou fim do ser, e, por isso, da filosofia (metafísica). No ambiente intelectual europeu um pouco anterior a Segunda Guerra Mundial, sobretudo a partir de certa influência de Kojêve, tornava- se crível para alguns intelectuais o fim da história já que, para estes a negatividade tornava-se sem emprego.  A partir disso seria possível conceber uma discussão acerca do désoeuvrement , que preferimos traduzir por desobramento a fim de que se mantenha a intimidade (não dialética) que se vê, impressa na própria palavra, entre obra e desobramento. Seria, pois, o fim da obra? O intenso palrar hegeliano- kojèviano vai de encontro ao evento de Auschwitz , que exigirá uma nova margem ao entendimento do desobramento, Vejamos como Blanchot  ultrapassará a questão fim em um pensamento que excluirá todo, todo fim, abrindo- se ao infinito, e , sobretudo, à ética e, portanto, à amizade. Por vezes, será necessário evocar, aqui, algumas vozes que reverberam na obra blanchotiana, sobretudo, a voz de Emmanuel Levinas.

PALAVRAS- CHAVE: Fim; teorização; infinito.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v1i35.3569