Protagonismo infantil e feminino em A Bolsa Amarela: a construção da autonomia e da identidade de Raquel
Resumo
O presente artigo analisa o protagonismo infantil e feminino da personagem Raquel em A Bolsa Amarela (2006), de Lygia Bojunga. Tal abordagem ainda é necessária, haja vista que a obra denuncia as extremas desigualdades de gênero e de idade que ainda estruturam nossa sociedade e refletem demasiadamente na construção das identidades a partir da infância. O enredo da obra é apresentado de forma dialogada com alguns teóricos, como Coelho (2000), Gregorin (2010), Lajolo e Zilbermann (1987) e Rosemberg (1985), refletindo-se sobre o percurso de Raquel em busca de protagonismo em um meio que a desconsidera e tenta calá-la. Acredita-se que a literatura é um importante instrumento de denúncia das desigualdades e de formação ética e social (Candido, 1995). Logo, seguindo essa perspectiva, espera-se contribuir para a ampliação de perspectivas acerca da literatura infantojuvenil, como tendo valor artístico significativo, atrelando aspectos culturais, sociais e psicológicos à sua apreciação estética.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i70.19860












