Ditadura militar e destruição: dimensões socioambientais no romance Verde Vagomundo
Resumo
Este artigo explora as dimensões socioambientais do romance Verde Vagomundo, de Benedito Monteiro (1972), destacando a relação entre a ditadura militar e a vida amazônica. A narrativa, ambientada em Alenquer, no Pará, revela a importância das águas, da floresta e da cultura para a comunidade, enquanto excertos de noticiários radiofônicos ilustram os impactos da repressão. A perseguição ao personagem Miguel, o Cabra-da-Peste, e a proibição da queima de fogos no Círio simbolizam a opressão cultural e a resistência da população. A obra também apresenta a beleza poética da natureza amazônica, representada na figura de Miguel, que personifica a comunhão entre o ser humano e o meio ambiente, revelando interconexões entre opressão política, exploração ambiental e resistência cultural. Baseada em estudos como os de Souza (2023), Moraes (2018) e Nunes (1974), a análise considera o contexto histórico e reflete sob a ótica da crítica temática preconizada por Antonio Candido (1995).
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/moara.v0i69.19831












