O Serviço Social em uma empresa bancária: desafios em tempo de pandemia do COVID-19

Resumo

mo: O presente artigo tem o propósito de contribuir com as reflexões sobre os desafios postos para o trabalho profissional da(o) assistente social em uma empresa bancária, no contexto de pandemia provocada pelo COVID-19, o que tem provocado novas formas de precarização das condições de trabalho imposta desde o processo de reestruturação produtiva que vem ocorrendo nos Bancos públicos e privados, nas últimas décadas. É tributário das reflexões efetuadas sobre as experiências profissionais dos autores, em Serviço Social na área do trabalho, bem como, de um estudo exploratório realizado no Banco do Estado do Pará (BANPARÀ), a partir da pandemia Coronavírus iniciada em março de 2020. Como resultado, os dados indicam que conexa à situação de adoecimento dos trabalhadores bancários, infectados pelo Covid-19, ocorreram tentativas de controle e subsunção da força de trabalho da(o) assistente social: instabilidade e insegurança, precarização do trabalho devido à intensificação dos atendimentos/acompanhamentos voltados às situações de afastamentos médicos e previdenciários decorrentes do contágio por Coronavírus, pressão pelo aumento da produtividade e resultados, ausência de horizontes profissionais e falta de perspectiva de progressão/ascensão na carreira institucional. À luz da teoria marxista e utilizando-se de revisão bibliográfica alinhada à essa perspectiva de análise, apresentam-se reflexões importantes sobre contradições do tempo presente no mundo do trabalho, haja vista, a exacerbação do conservadorismo e as tentativas de enfrentamento às crises - econômica, política e sanitária – visando assegurar a hegemonia do capitalismo, ocasionam por conseguinte, retrocessos que, também, impactam a(o)s trabalhadoras/es de Serviço Social, em todos os espaços socio ocupacionais, incluindo-se o Banpará.