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Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade no Sul do Brasil: Valorização de Frutas Nativas da Mata Atlântica no Contexto do Trabalho com Agroecologia

Mariana Oliveira Ramos, Fabiana Thomé da Cruz, Gabriela Coelho de Souza, Rumi Regina Kubo

Resumo

O presente artigo discute o conceito de cadeias de produtos da sociobiodiversidade, identificando elementos definidores e ameaças presentes na consolidação desses arranjos socioprodutivos. A partir de tais entendimentos, descreve analiticamente experiências em curso no sul do Brasil envolvendo a construção de cadeias de frutas nativas da Mata Atlântica, protagonizadas especialmente por atores identificados com o campo agroecológico e o socioambientalismo. A metodologia usada baseia-se na revisão de literatura e sistematização inicial de dados de campo de pesquisa qualitativa desenvolvida nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como resultado, faz-se uma descrição do atual ambiente organizacional dessas cadeias, bem como uma sistematização de aspectos socioprodutivos, envolvendo produtos, mercados, gargalos e implicações de tais arranjos em alternativas de renda para famílias agricultoras, conservação ambiental e melhorias na alimentação e nutrição de agricultores e consumidores das regiões envolvidas. As cadeias do açaí juçara e de outras frutas nativas (como o butiá, a guabiroba e o araçá) têm comportamentos diferentes e, ainda que de maneira preliminar (uma vez que se trata de pesquisa em andamento), podem-se perceber ameaças e desafios distintos para cada uma destas, incluindo potencial redução do protagonismo de agricultores familiares e extrativistas na cadeia do açaí juçara. Reforça-se a importância da continuidade de ações de fomento, tanto na forma de investimentos diretos nos empreendimentos associativos e familiares, como nas ações de organização social e qualificação das diferentes etapas da cadeia promovidas pela extensão rural comprometida com os princípios da agroecologia, economia solidária e segurança alimentar e nutricional.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v9i1.5485



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